CONGRESSO INTERNACIONAL DE ARTE, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
Menu
GT 2: IMAGEM E TECNOPOÉTICAS
(coordenação: Prof. Dr. Rogério Barbosa da Silva - CEFET-MG
e Prof. Dr. Wagner José Moreira - CEFET-MG)
Dia 22 de março de 2020
[segunda-feira]
10h30-12h
“Multiplicidades artísticas”
Entrar na imagem: Corpo-câmera e mundo-cinema
Mestrando Rômulo Moraes (UFRJ)
Os dispositivos imagéticos contemporâneos, como aqueles utilizados pela videoarte e pelas tecnologias do ciberespaço, impõem um problema às definições clássicas de cinema. Se os filmes deixam de ter negativo e se tornam o artesanato do virtual, se passam a conceber uma metafísica do Fora, o espectador pode, agora, adentrar a imagem, habitá-la e modificá-la. Mas, nesse caso, de quem é o gesto de filmagem? Quem vê e quem é visto? Onde está a câmera? Neste artigo, buscamos traçar uma topografia das câmeras e dos regimes de visualidade, principalmente a partir de Gilles Deleuze, para entender em que sentido os novos dispositivos tornam o corpo veículo de captação e separação de imagens, isto é, mídia. E, inversamente, na medida em que o corpo assume funções maquínicas, em que sentido o mundo no qual ele está inserido passa a “fazer cinema”, sobrepondo à percepção um Aparecer prenhe de sentido.
Entremeios e artes visuais: nomadismos tecnológicos na arte do vídeo na América Latina
Doutora Regilene Sarzi Ribeiro (UNESP)
O tema desta pesquisa é o vídeo na arte contemporânea. Trata-se de estudar o vídeo como fenômeno cultural pós-moderno cujo comportamento estético e cultural modela não apenas a subjetividade humana, mas também a própria rede ou sistema de produção e modos de exibição e fruição das imagens e do som na contemporaneidade. O objetivo da pesquisa é descrever como as câmeras e sistemas de captação, sensores, conectores em redes, telas e projetores tecem os entremeios, as passagens entre as Artes Visuais, a convergência de meios e as linguagens ubíquas. A natureza da pesquisa é bibliográfica e documental, baseada em coleta de dados e materiais bibliográficos. A abordagem analítica e crítica do corpus da pesquisa é pautada em referencial histórico-crítico que caracteriza a pesquisa como qualitativa. Muito se fala sobre a imagem e o som nas redes e na cultura digital, mas o que se observa no audiovisual hoje é fruto da mudança radical não só na plástica, na estética ou na própria relação do homem com o vídeo, mas na mudança de caráter e ontologia das imagens em movimento. Defendemos que para compreender a presença ubíqua, móvel, nômade e mestiça do vídeo na contemporaneidade é preciso investigar o próprio meio, sua linguagem mutante e o dispositivo vídeo hoje, em toda sua complexidade. Para tanto, neste trabalho iremos analisar a videoinstalação Bravo-Radio-Atlas-Opera (2010) da artista argentina Carla Zaccagnini que consiste na projeção de um registro, em tempo real, de uma travessia transoceânica de quase 24 horas pelo canal do Panamá. Zaccagnini propõe alternativas às convenções e regras de comunicação audiovisual e por meio do rastreamento da jornada do barco, o trabalho faz referência à história do esforço humano para superar e domesticar a natureza (sintetizada pelas lutas para realizar a construção do canal do Panamá), para ter a propriedade da terra, histórias coloniais, ondas de migração e rotas comerciais. Não basta nomear os fenômenos descritos na arte contemporânea associados ao sistema vídeo (vídeo-esculturas, videoinstalações, vídeos de segunda geração, instalações de cineastas, filme exposto, found footage, colagens fílmicas, remontagem por fragmentos, fragmentação fílmica ou sampleamento, filme em camadas, formas fílmicas de exposição) mas entender como se estruturam a partir de aspectos convergentes e divergentes entre as diferentes linguagens que compõem a linguagem audiovisual, e de igual forma qual o modus operandi da linguagem do vídeo dentro da lógica dos nomadismos tecnológicos.
Nas bordas das tecnologias: fazer artístico e trânsito intermeios
Doutoranda Maria Ilda Trigo (UNICAMP)
O artigo trata dos possíveis significados de um fazer artístico que, em vez de se apoiar na exploração profunda das possibilidades de um meio, transita entre diversos meios, o que significa navegar pelas bordas. Embora tal fazer não dispense o contato intensivo com determinado meio, esse contato é revelador de que meios artísticos são “desdobráveis” e em sua possível essência já contaminados por outros. A reflexão apoia-se, por um lado, em fazer específico que, originalmente, ansiava o aprofundamento em um meio e, por outro lado, decepcionava-se e ao mesmo tempo renovava-se ao perceber que um meio levava sempre a outro. A práxis aqui referenciada será analisada com a ajuda de autores que, a sua maneira, tematizaram o fazer artístico, como Luigi Pareyson, e especialmente aqueles para quem o fazer está contaminado pela natureza impura dos meios em trânsito, como Marshal McLuhan e Christine Mello.
Prosa poética e imagens fundidas: uma experiência de leitura do livro Catálogo de Perdas, de Carrascoza & Carrascoza
Doutor Hércules Toledo Corrêa (UFOP)
Este trabalho se insere num projeto de pesquisa mais amplo, intitulado Literatura e Visualidade: a importância do projeto gráfico em livros para crianças e jovens na contemporaneidade, cujo objetivo geral é compreender a importância das relações entre texto verbal, imagens e design gráfico na leitura e mediação de leitura. Neste artigo, propomos a análise do papel desses elementos no livro Catálogo de perdas, de João Anzanelo Carrascoza e Juliana Carrascoza, premiado nas categorias Melhor Livro para Jovem e Melhor Projeto Editorial, pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) em 2018 (Produção 2017). Procuramos analisar e discutir também as possibilidades de ampliação da leitura do impresso a partir das tecnologias digitais, que facilitaram o acesso a materiais audiovisuais multimodais relacionados com a obra, a autoria e o contexto de produção, circulação e recepção de materiais impressos. Fundamentamos teoricamente a discussão a partir de estudos sobre imagens em livros infantis e juvenis (Nikolajeva e Scott, 2011; van der Linden, 2011 e Ramos, 2013), estudos sobre design gráfico (Lins, 2003; Lupton e Phillips, 2008) e também pelas teorias dos multiletramentos e multimodalidade (Cope e Kalantzis; Kress e van Leeuwen, 2001), dentre outros estudos sobre as temáticas. Catálogo de perdas é constituído como um conjunto de contos narrados por personagens marcados pela perda, quase sempre num processo doloroso. Essas perdas relacionam-se tanto com a morte, como também com o amor, a confiança, a fé e as oportunidades da vida. Dialogam com esses contos, mais do que simplesmente os ilustram, fotografias de objetos e pessoas, montados a partir de aparatos digitais e analógicos. Interroga-se também, com este trabalho, a noção de autoria (coletiva) do livro na contemporaneidade, e a ideia de leitores potenciais e reais das obras em circulação.
Narrativas Fotográficas Digitais: Googlegrams, de Joan Fontcuberta
Doutoranda Eliziane Cristina da Silva de Oliveira (CEFET-MG)
Doutor Wagner José Moreira (CEFET-MG)
Em um cenário de circulação e consumo crescente de imagens em todo o mundo, Joan Fontcuberta, fotógrafo e pesquisador espanhol produziu, em 2005, a instalação Googlegrams, resultado de pesquisas de imagens feitas no Google - o mecanismo de busca mais utilizado no mundo com cerca de 100 bilhões de pesquisas processadas mensalmente - que resultou em mais de 10 mil imagens disponíveis na internet, encontradas através da aplicação de critérios de pesquisa específicos. A proposta deste trabalho é fazer uma leitura sobre o que chamamos aqui de apropriação de imagens, uma vez que estas foram recolhidas na internet e não se sabe, inicialmente, se foram criadas digitalmente ou se foram digitalizadas. Tais imagens foram transformadas em mosaicos e disponibilizados em uma plataforma digital, o que suscita também outras implicações nesse processo “fotográfico”, bem como na criação de novas imagens digitais estáticas a partir daquelas que foram recolhidas digitalmente.
[segunda-feira]
10h30-12h
“Multiplicidades artísticas”
Entrar na imagem: Corpo-câmera e mundo-cinema
Mestrando Rômulo Moraes (UFRJ)
Os dispositivos imagéticos contemporâneos, como aqueles utilizados pela videoarte e pelas tecnologias do ciberespaço, impõem um problema às definições clássicas de cinema. Se os filmes deixam de ter negativo e se tornam o artesanato do virtual, se passam a conceber uma metafísica do Fora, o espectador pode, agora, adentrar a imagem, habitá-la e modificá-la. Mas, nesse caso, de quem é o gesto de filmagem? Quem vê e quem é visto? Onde está a câmera? Neste artigo, buscamos traçar uma topografia das câmeras e dos regimes de visualidade, principalmente a partir de Gilles Deleuze, para entender em que sentido os novos dispositivos tornam o corpo veículo de captação e separação de imagens, isto é, mídia. E, inversamente, na medida em que o corpo assume funções maquínicas, em que sentido o mundo no qual ele está inserido passa a “fazer cinema”, sobrepondo à percepção um Aparecer prenhe de sentido.
Entremeios e artes visuais: nomadismos tecnológicos na arte do vídeo na América Latina
Doutora Regilene Sarzi Ribeiro (UNESP)
O tema desta pesquisa é o vídeo na arte contemporânea. Trata-se de estudar o vídeo como fenômeno cultural pós-moderno cujo comportamento estético e cultural modela não apenas a subjetividade humana, mas também a própria rede ou sistema de produção e modos de exibição e fruição das imagens e do som na contemporaneidade. O objetivo da pesquisa é descrever como as câmeras e sistemas de captação, sensores, conectores em redes, telas e projetores tecem os entremeios, as passagens entre as Artes Visuais, a convergência de meios e as linguagens ubíquas. A natureza da pesquisa é bibliográfica e documental, baseada em coleta de dados e materiais bibliográficos. A abordagem analítica e crítica do corpus da pesquisa é pautada em referencial histórico-crítico que caracteriza a pesquisa como qualitativa. Muito se fala sobre a imagem e o som nas redes e na cultura digital, mas o que se observa no audiovisual hoje é fruto da mudança radical não só na plástica, na estética ou na própria relação do homem com o vídeo, mas na mudança de caráter e ontologia das imagens em movimento. Defendemos que para compreender a presença ubíqua, móvel, nômade e mestiça do vídeo na contemporaneidade é preciso investigar o próprio meio, sua linguagem mutante e o dispositivo vídeo hoje, em toda sua complexidade. Para tanto, neste trabalho iremos analisar a videoinstalação Bravo-Radio-Atlas-Opera (2010) da artista argentina Carla Zaccagnini que consiste na projeção de um registro, em tempo real, de uma travessia transoceânica de quase 24 horas pelo canal do Panamá. Zaccagnini propõe alternativas às convenções e regras de comunicação audiovisual e por meio do rastreamento da jornada do barco, o trabalho faz referência à história do esforço humano para superar e domesticar a natureza (sintetizada pelas lutas para realizar a construção do canal do Panamá), para ter a propriedade da terra, histórias coloniais, ondas de migração e rotas comerciais. Não basta nomear os fenômenos descritos na arte contemporânea associados ao sistema vídeo (vídeo-esculturas, videoinstalações, vídeos de segunda geração, instalações de cineastas, filme exposto, found footage, colagens fílmicas, remontagem por fragmentos, fragmentação fílmica ou sampleamento, filme em camadas, formas fílmicas de exposição) mas entender como se estruturam a partir de aspectos convergentes e divergentes entre as diferentes linguagens que compõem a linguagem audiovisual, e de igual forma qual o modus operandi da linguagem do vídeo dentro da lógica dos nomadismos tecnológicos.
Nas bordas das tecnologias: fazer artístico e trânsito intermeios
Doutoranda Maria Ilda Trigo (UNICAMP)
O artigo trata dos possíveis significados de um fazer artístico que, em vez de se apoiar na exploração profunda das possibilidades de um meio, transita entre diversos meios, o que significa navegar pelas bordas. Embora tal fazer não dispense o contato intensivo com determinado meio, esse contato é revelador de que meios artísticos são “desdobráveis” e em sua possível essência já contaminados por outros. A reflexão apoia-se, por um lado, em fazer específico que, originalmente, ansiava o aprofundamento em um meio e, por outro lado, decepcionava-se e ao mesmo tempo renovava-se ao perceber que um meio levava sempre a outro. A práxis aqui referenciada será analisada com a ajuda de autores que, a sua maneira, tematizaram o fazer artístico, como Luigi Pareyson, e especialmente aqueles para quem o fazer está contaminado pela natureza impura dos meios em trânsito, como Marshal McLuhan e Christine Mello.
Prosa poética e imagens fundidas: uma experiência de leitura do livro Catálogo de Perdas, de Carrascoza & Carrascoza
Doutor Hércules Toledo Corrêa (UFOP)
Este trabalho se insere num projeto de pesquisa mais amplo, intitulado Literatura e Visualidade: a importância do projeto gráfico em livros para crianças e jovens na contemporaneidade, cujo objetivo geral é compreender a importância das relações entre texto verbal, imagens e design gráfico na leitura e mediação de leitura. Neste artigo, propomos a análise do papel desses elementos no livro Catálogo de perdas, de João Anzanelo Carrascoza e Juliana Carrascoza, premiado nas categorias Melhor Livro para Jovem e Melhor Projeto Editorial, pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) em 2018 (Produção 2017). Procuramos analisar e discutir também as possibilidades de ampliação da leitura do impresso a partir das tecnologias digitais, que facilitaram o acesso a materiais audiovisuais multimodais relacionados com a obra, a autoria e o contexto de produção, circulação e recepção de materiais impressos. Fundamentamos teoricamente a discussão a partir de estudos sobre imagens em livros infantis e juvenis (Nikolajeva e Scott, 2011; van der Linden, 2011 e Ramos, 2013), estudos sobre design gráfico (Lins, 2003; Lupton e Phillips, 2008) e também pelas teorias dos multiletramentos e multimodalidade (Cope e Kalantzis; Kress e van Leeuwen, 2001), dentre outros estudos sobre as temáticas. Catálogo de perdas é constituído como um conjunto de contos narrados por personagens marcados pela perda, quase sempre num processo doloroso. Essas perdas relacionam-se tanto com a morte, como também com o amor, a confiança, a fé e as oportunidades da vida. Dialogam com esses contos, mais do que simplesmente os ilustram, fotografias de objetos e pessoas, montados a partir de aparatos digitais e analógicos. Interroga-se também, com este trabalho, a noção de autoria (coletiva) do livro na contemporaneidade, e a ideia de leitores potenciais e reais das obras em circulação.
Narrativas Fotográficas Digitais: Googlegrams, de Joan Fontcuberta
Doutoranda Eliziane Cristina da Silva de Oliveira (CEFET-MG)
Doutor Wagner José Moreira (CEFET-MG)
Em um cenário de circulação e consumo crescente de imagens em todo o mundo, Joan Fontcuberta, fotógrafo e pesquisador espanhol produziu, em 2005, a instalação Googlegrams, resultado de pesquisas de imagens feitas no Google - o mecanismo de busca mais utilizado no mundo com cerca de 100 bilhões de pesquisas processadas mensalmente - que resultou em mais de 10 mil imagens disponíveis na internet, encontradas através da aplicação de critérios de pesquisa específicos. A proposta deste trabalho é fazer uma leitura sobre o que chamamos aqui de apropriação de imagens, uma vez que estas foram recolhidas na internet e não se sabe, inicialmente, se foram criadas digitalmente ou se foram digitalizadas. Tais imagens foram transformadas em mosaicos e disponibilizados em uma plataforma digital, o que suscita também outras implicações nesse processo “fotográfico”, bem como na criação de novas imagens digitais estáticas a partir daquelas que foram recolhidas digitalmente.
14h-15h30
“Ambientes, exposições e atores do pós-digital”
Experiência sensorial em Ambientes Imersivos: o caso da mostra Leonardo da vinci – 500 anos de um Gênio
Doutoranda Roberta Gerling Moro (UFRGS)
Doutora Maria Cristina Villanova Biasuz (UFRGS)
Este trabalho pretende levantar questões a respeito da experiência sensorial em espaços culturais e artísticos, que fazem uso da tecnologia digital imersiva, trazendo um novo formato de exposição, expandindo e estimulando os sentidos do espectador. Vê-se que tais ações vieram para ampliar a imersão e engajamento do espectador no ambiente, levando-o a desejar permanecer no local espositivo e a movimentar-se por imagens projetadas, as quais preenchem e ocupam o espaço de quem contempla. Para tanto, será apresentada uma análise a partir de uma experiência de visitação realizada em janeiro de 2020 da exposição Leonardo da Vinci: 500 anos de um gênio (SP). Verificou-se que os efeitos de animações digitais multicanal, som surround, detalhamento de imagens, bem como a disposição pelo espaço de quarenta projetores de alta definição, provocou a imersão na vida e obra do artista, permitindo ao espectador adentrar em seu universo de ideias e diagramas complexos.
A força discursiva do mediador em exposições de Arte e Tecnologia: considerações a partir do FACTORS 4.0
Mestre Rittieli Quaiatto (UFSM)
Doutoranda Andrea Capssa (UFSM)
Este artigo, por meio do projeto de mediação da quarta edição do Festival de Arte, Ciência e Tecnologia – FACTORS 4.0, propõe uma discussão acerca da função do mediador cultural em exposições dessa natureza, nas quais se encontram obras produzidas a partir de diferentes técnicas, tais como vídeos, instalações interativas e robótica. Observa-se que os mediadores atuam muitas vezes sem autonomia discursiva ao desempenhar também o papel de monitores ou guias, pois é imprescindível priorizar a integridade das obras e orientar os visitantes/participantes na interação com as propostas. O núcleo de mediação do FACTORS 4.0 esteve presente durante a montagem, em reunião com a curadoria e em contato com os artistas do festival, o que proporcionou um modo abrangente de elaborar as estratégias e diálogos para promover a aproximação entre os visitantes e as obras. Diante dessas funções, questiona-se o papel do mediador e a experiência do público na contemporaneidade.
Conversas com literatura, cinema e memória em intertelas de feiras literárias e espaços educativos
Mestre Fernanda Mello (UERJ)
Mestre Monica Klemz (UFRJ)
Maria Morais (UERJ)
O presente trabalho visa relatar a experiência de ações de roda de conversa sobre literatura, cinema e memória, na Feira Literária- FLIP, ocorrida no dia 11 de julho de 2019, na cidade de Paraty, e também durante a Bienal do Livro versão 2019, ambas no Rio de Janeiro. Além do levantamento de obras literárias, filmes e outros artefatos culturais inspirados na literatura nacional e internacional, as pesquisadoras prepararam um acervo composto de trechos de filmes para serem exibidos e visualizados nos celulares individuais de cada participarem por meio do QR-code. Assim, trechos dos respectivos textos literários adaptados e cartazes de divulgação de filmes, tendo como critério de seleção, a memória das pesquisadoras sobre os impactos, sensações e significados que essas obras trouxeram ao cotidiano das mesmas se somam a novas pesquisas das participantes, realizadas inloco, ensejando as conversas sobre novas memórias. A partir dessa curadoria memorialista e participativa, o público participante tanto da FLIP, quanto da Bienal do Livro, pode reavivar lembranças fílmicas e literárias. Diferentes experiências ‘confessadas’ em público tecem novas interpretações entre os sujeitos e esses artefatos. Muitos, costumam indagar sobre os processos criativos dos autores, seja em obras literárias, seja nos quadrinhos, como se dá a transposição de uma linguagem para a outra. Embora não seja a pretensão deste trabalho, levanta algumas hipóteses sobre as especificidades das traduções. O objetivo desse trabalho, longe da busca pelo rigor técnico da reescrita da obra em outra linguagem, meio ou suporte, pretendeu como meta a interação entre os pares, a difusão da literatura, a formação do leitor. Estamos criando oportunidades de práticas, do ponto de vista de um processo formativo, que se dá do encontro consigo mesmo e com o outro, no mergulho dessas memórias. Pretendemos possibilitar que as pessoas revivam lembranças na releitura das obras, compartilhando a nova experiência, já que a conversa tem a potência de promover mudanças (MATURANA, 2002). As palestrantes/pesquisadoras ao rememorarem de modo confessional para as plateias, criam empatia (FERRAÇO, 2019). Alves, (2018) esclarece que a metodologia da conversa em rede, com o público que se coloca disponível a ouvirversentirlembrar junto traz novas narrativas sobre muitas outras experiências que um filme adaptado de uma literatura e vice-versa pode mostrar, iluminando diferentes relações dos sujeitos com a atmosfera fílmica e literária. Estilos de autores, de peças originais e suas adaptações, bem como a preferência e estilos de ser de cada sujeito ficam também evidenciadas. Assim, esta conversa ilustrada sobre os limites e as possibilidades entre literatura, educação e cinema faz emergir significados afetivos diferentes e diversificados com a relação com a leitura e com o audiovisual, uma vez que acontece em múltiplos espaços-tempos. Mas conversar com os personagens conceituais (DELEUSE, 2018) que os levem a pensar e considerar a própria vida. A conversa ilustrada com trechos de filmes, livros e roteiros, possibilita ainda a difusão de obras e o despertar de leituras e releituras de muitos mundos. Inclusive sobre o estar no mundo de cada um.
O artista-programador: criação e edição em projetos de literatura digital colaborativos
Doutoranda Amanda Martins (CEFET/MG)
O artigo tem como objetivo analisar os processos de criação e edição dos trabalhos colaborativos de literatura digital: Liberdade (2013) e Poemaps (2016). Ambos, desenvolvidos por laboratórios acadêmicos, com participação de artistas, poetas e equipe multidisciplinar de programação e design. Para tanto, o processo é analisado a partir do conceito de artista-programador que, segundo AGUIAR (2010), é aquele que cria condições programadas para que a arte se manifeste. Além disso, observa as interfaces entre os dois projetos enquanto discute a ideia de “colaboração” e o conceito de "obra aberta” (UMBERTO ECO, 2016). Propõe-se, assim, identificar características específicas da criação e da edição de literatura digital, bem como objetiva expandir as noções de “artista-programador” ou de “poeta-digital”.
Respeitável público, o Portal da Diversidade Circense circonteudo.com
Doutor Daniel de Carvalho Lopes (USP)
Doutora Erminia Silva (UNICAMP)
Doutora Giane Daniela Carneiro (UNICAMP)
Como proposta de comunicação para o 6º Seminário de Artes Digitais, pretendemos apresentar o website www.circonteudo.com.br, plataforma digital voltada às artes circenses e sua diversidade, considerado atualmente como o maior e mais influente portal relacionado às artes do circo do Brasil. O circonteudo - “O Portal da Diversidade Circense”, com seu extenso acervo gratuito composto por pesquisas acadêmicas (monografias, mestrados e doutorados), artigos, textos de colunistas, entrevistas, biografias de artistas de circo e diversos outros tópicos de conteúdos dedicados às artes circenses em geral e, em especial, à sua história, está hoje nos debates mais importantes direcionados para esta arte, contribuindo, inclusive, como fonte de pesquisa para órgãos governamentais como Ministério da Cultura e Fundação Nacional das Artes - Funarte, e fornecendo material e conhecimento sobre a produção circense brasileira e latino-americana no seu sentido mais amplo, ou seja, na sua heterogeneidade e multiplicidade.
“Ambientes, exposições e atores do pós-digital”
Experiência sensorial em Ambientes Imersivos: o caso da mostra Leonardo da vinci – 500 anos de um Gênio
Doutoranda Roberta Gerling Moro (UFRGS)
Doutora Maria Cristina Villanova Biasuz (UFRGS)
Este trabalho pretende levantar questões a respeito da experiência sensorial em espaços culturais e artísticos, que fazem uso da tecnologia digital imersiva, trazendo um novo formato de exposição, expandindo e estimulando os sentidos do espectador. Vê-se que tais ações vieram para ampliar a imersão e engajamento do espectador no ambiente, levando-o a desejar permanecer no local espositivo e a movimentar-se por imagens projetadas, as quais preenchem e ocupam o espaço de quem contempla. Para tanto, será apresentada uma análise a partir de uma experiência de visitação realizada em janeiro de 2020 da exposição Leonardo da Vinci: 500 anos de um gênio (SP). Verificou-se que os efeitos de animações digitais multicanal, som surround, detalhamento de imagens, bem como a disposição pelo espaço de quarenta projetores de alta definição, provocou a imersão na vida e obra do artista, permitindo ao espectador adentrar em seu universo de ideias e diagramas complexos.
A força discursiva do mediador em exposições de Arte e Tecnologia: considerações a partir do FACTORS 4.0
Mestre Rittieli Quaiatto (UFSM)
Doutoranda Andrea Capssa (UFSM)
Este artigo, por meio do projeto de mediação da quarta edição do Festival de Arte, Ciência e Tecnologia – FACTORS 4.0, propõe uma discussão acerca da função do mediador cultural em exposições dessa natureza, nas quais se encontram obras produzidas a partir de diferentes técnicas, tais como vídeos, instalações interativas e robótica. Observa-se que os mediadores atuam muitas vezes sem autonomia discursiva ao desempenhar também o papel de monitores ou guias, pois é imprescindível priorizar a integridade das obras e orientar os visitantes/participantes na interação com as propostas. O núcleo de mediação do FACTORS 4.0 esteve presente durante a montagem, em reunião com a curadoria e em contato com os artistas do festival, o que proporcionou um modo abrangente de elaborar as estratégias e diálogos para promover a aproximação entre os visitantes e as obras. Diante dessas funções, questiona-se o papel do mediador e a experiência do público na contemporaneidade.
Conversas com literatura, cinema e memória em intertelas de feiras literárias e espaços educativos
Mestre Fernanda Mello (UERJ)
Mestre Monica Klemz (UFRJ)
Maria Morais (UERJ)
O presente trabalho visa relatar a experiência de ações de roda de conversa sobre literatura, cinema e memória, na Feira Literária- FLIP, ocorrida no dia 11 de julho de 2019, na cidade de Paraty, e também durante a Bienal do Livro versão 2019, ambas no Rio de Janeiro. Além do levantamento de obras literárias, filmes e outros artefatos culturais inspirados na literatura nacional e internacional, as pesquisadoras prepararam um acervo composto de trechos de filmes para serem exibidos e visualizados nos celulares individuais de cada participarem por meio do QR-code. Assim, trechos dos respectivos textos literários adaptados e cartazes de divulgação de filmes, tendo como critério de seleção, a memória das pesquisadoras sobre os impactos, sensações e significados que essas obras trouxeram ao cotidiano das mesmas se somam a novas pesquisas das participantes, realizadas inloco, ensejando as conversas sobre novas memórias. A partir dessa curadoria memorialista e participativa, o público participante tanto da FLIP, quanto da Bienal do Livro, pode reavivar lembranças fílmicas e literárias. Diferentes experiências ‘confessadas’ em público tecem novas interpretações entre os sujeitos e esses artefatos. Muitos, costumam indagar sobre os processos criativos dos autores, seja em obras literárias, seja nos quadrinhos, como se dá a transposição de uma linguagem para a outra. Embora não seja a pretensão deste trabalho, levanta algumas hipóteses sobre as especificidades das traduções. O objetivo desse trabalho, longe da busca pelo rigor técnico da reescrita da obra em outra linguagem, meio ou suporte, pretendeu como meta a interação entre os pares, a difusão da literatura, a formação do leitor. Estamos criando oportunidades de práticas, do ponto de vista de um processo formativo, que se dá do encontro consigo mesmo e com o outro, no mergulho dessas memórias. Pretendemos possibilitar que as pessoas revivam lembranças na releitura das obras, compartilhando a nova experiência, já que a conversa tem a potência de promover mudanças (MATURANA, 2002). As palestrantes/pesquisadoras ao rememorarem de modo confessional para as plateias, criam empatia (FERRAÇO, 2019). Alves, (2018) esclarece que a metodologia da conversa em rede, com o público que se coloca disponível a ouvirversentirlembrar junto traz novas narrativas sobre muitas outras experiências que um filme adaptado de uma literatura e vice-versa pode mostrar, iluminando diferentes relações dos sujeitos com a atmosfera fílmica e literária. Estilos de autores, de peças originais e suas adaptações, bem como a preferência e estilos de ser de cada sujeito ficam também evidenciadas. Assim, esta conversa ilustrada sobre os limites e as possibilidades entre literatura, educação e cinema faz emergir significados afetivos diferentes e diversificados com a relação com a leitura e com o audiovisual, uma vez que acontece em múltiplos espaços-tempos. Mas conversar com os personagens conceituais (DELEUSE, 2018) que os levem a pensar e considerar a própria vida. A conversa ilustrada com trechos de filmes, livros e roteiros, possibilita ainda a difusão de obras e o despertar de leituras e releituras de muitos mundos. Inclusive sobre o estar no mundo de cada um.
O artista-programador: criação e edição em projetos de literatura digital colaborativos
Doutoranda Amanda Martins (CEFET/MG)
O artigo tem como objetivo analisar os processos de criação e edição dos trabalhos colaborativos de literatura digital: Liberdade (2013) e Poemaps (2016). Ambos, desenvolvidos por laboratórios acadêmicos, com participação de artistas, poetas e equipe multidisciplinar de programação e design. Para tanto, o processo é analisado a partir do conceito de artista-programador que, segundo AGUIAR (2010), é aquele que cria condições programadas para que a arte se manifeste. Além disso, observa as interfaces entre os dois projetos enquanto discute a ideia de “colaboração” e o conceito de "obra aberta” (UMBERTO ECO, 2016). Propõe-se, assim, identificar características específicas da criação e da edição de literatura digital, bem como objetiva expandir as noções de “artista-programador” ou de “poeta-digital”.
Respeitável público, o Portal da Diversidade Circense circonteudo.com
Doutor Daniel de Carvalho Lopes (USP)
Doutora Erminia Silva (UNICAMP)
Doutora Giane Daniela Carneiro (UNICAMP)
Como proposta de comunicação para o 6º Seminário de Artes Digitais, pretendemos apresentar o website www.circonteudo.com.br, plataforma digital voltada às artes circenses e sua diversidade, considerado atualmente como o maior e mais influente portal relacionado às artes do circo do Brasil. O circonteudo - “O Portal da Diversidade Circense”, com seu extenso acervo gratuito composto por pesquisas acadêmicas (monografias, mestrados e doutorados), artigos, textos de colunistas, entrevistas, biografias de artistas de circo e diversos outros tópicos de conteúdos dedicados às artes circenses em geral e, em especial, à sua história, está hoje nos debates mais importantes direcionados para esta arte, contribuindo, inclusive, como fonte de pesquisa para órgãos governamentais como Ministério da Cultura e Fundação Nacional das Artes - Funarte, e fornecendo material e conhecimento sobre a produção circense brasileira e latino-americana no seu sentido mais amplo, ou seja, na sua heterogeneidade e multiplicidade.
16h-17h30
“Realidades da educação 5.0”
Gif como ferramenta pedagógica além do universo digital
Doutorando Wayner Gonçalves (UNIVASF)
A digitalização fortalece a noção de looping. Com um aplicativo de celular é possível criar a eternidade de uma imagem com alguns cliques, dessa forma traz uma noção de tempo e de eternidade conforme retorna ao ponto inicial. Esse tipo de representação está em símbolos encontrados em vários momentos pré-históricos, que mostram representações bidimensionais da circularidade. Até o final do séc. XIX o looping mantinha uma analogia ao suporte, atualmente a partir de códigos isso não é mais necessário. Estas ferramentas didáticas estimulam o aprendizado através da transmissão de conteúdo de maneira mais contemporânea e utilizando uma linguagem que cada dia é mais utilizada pelos alunos nas redes sociais: os memes e os gifs.
Criação de podcast como ferramenta pedagógica no ensino de educação para as relações raciais
Doutoranda Carla Pereira Silva (IFNMG/UFMG)
O presente trabalho é um relato de uma experiência pedagógica do Curso Técnico em Teatro do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - IFNMG Campus Diamantina, Minas Gerais. Por meio da criação de podcasts, os discentes da unidade curricular Teatro e Relações étnico-raciais experienciaram trabalhar a educação para as relações raciais por meio de sua interface com as Artes da Cena e com a tecnologia digital, resultando em fortalecimento da luta antirrascista e aumento da consciência racial afirmativa entre os discentes. A criação de podcast, enquanto atividade de ensino, possibilitou aos discentes autonomia para escolher, corporificar e ressignificar diferentes abordagens dentro de um mesmo tema, porém, em torno de diferentes lugares de fala. Dessa forma, mediado pela tecnologia digital, o processo de ensino-aprendizagem foi interativo e colaborativo, de estética decolonial e problematizador do mundo da vida e das artes.
Artes Visuais Digitais: uma experiência com os multiletramentos e usos das TDIC
Doutoranda Daniela R. Dias (UFOP)
Doutor Hércules T. Corrêa (UFOP)
Este trabalho relata a experiência no desenvolvimento de um projeto denominado LET - Linguagem, Educação e Tecnologia, realizado com alunos do 3º Ano do Curso Técnico Integrado do IFMG - Campus Ouro Preto. O projeto teve como objetivos articular atividades de pesquisa, seleção, compreensão e elaboração de artes visuais utilizando as tecnologias digitais de informação e comunicação - TDIC. Constam no referencial teórico deste trabalho pesquisadores da Linguagem, Educação e Tecnologia, tais como as seguintes publicações: Cope e Kalantzis (2001); Coscarelli (2014); Freire (2009); Kress e Van Leeuwen (2001); Lemke (2010); New London Group (1996); Ribeiro (2014); Rojo (2012); Sales (2014); Soares (2004); Valente (2018), dentre outros. A metodologia utilizada foi a pesquisa de abordagem qualitativa, estudo de caso e observação participante em sala de aula. Como resultados esta experiência mostrou-se desafiante e enriquecedora, em que os alunos tornaram-se protagonistas na criação de artes visuais e construção de significados.
O uso da fotografia como recurso didático na educação especial
Mestre Rogerio Nazario De Oliveira (FACULDADE PROMINAS)
Especialista Fernanda Aparecida Martins Mendes (UFMG)
Esta pesquisa consiste em uma análise do uso da fotografia como ferramenta didática no âmbito escolar, na perspectiva da educação inclusiva. Na atualidade, são inúmeras as funcionalidades que a utilização da fotografia pode desempenhar no cenário educacional. O uso de imagens como recurso didático no processo pedagógico que se realiza no espaço escolar – na sala de aula e para além dela – consegue contribuir, de forma lúdica e efetiva, para a inclusão e ampliação do olhar do estudante com necessidades especificas em processo de formação sobre o que constitui o espaço que o cerca, assim como, expandir sua própria visão de mundo. Neste sentido, a produção fotográfica como avanço tecnológico do qual deve-se lançar mão no processo de ensino e aprendizagem, pode transformar-se em instrumento que enriquecerá o processo didático-pedagógico na medida em que propiciará maior proximidade da aluno deficiente com a arte e, por meio dela, construir novos conhecimentos para melhor interagir com o ambiente no qual está inserido. Para tanto, a construção do referencial teórico do presente trabalho respalda-se em pesquisa bibliográfica realizada no período de novembro de 2019 a janeiro de 2020 e buscou embasamento em livros, revistas e artigos científicos que abordam sobre o tema aqui explorado. Tal pesquisa apoiou-se, especialmente, em produções de autores como Vygotsky (1982), Dietrich (2000), Kossoy (2002), Bakhtin (2004). Os resultados preliminares deste estudo sugerem que a possibilidade de aplicar a imagem fotográfica como recurso didático mostra-se como uma abrangente estratégia capaz de integrar, incluir e desenvolver as potencialidades dos alunos público alvo da educação especial e deve ser incorporada pelos sistemas de ensino em suas práticas docente.
Oficina de Vídeo: um estudo exploratório na aprendizagem do Português como Língua de Acolhimento
Doutora Vera Lúcia De Souza Lima (CEFET/MG)
Graduado Gilberto Goulart (UFMG)
Em consonância com o tema do GT ’Universo lúdico’ este trabalho apresenta resultados da oficina de vídeo realizada em 2019. Participaram da oficina doze alunos provenientes da países da África e América Central. A oficina de vídeo visava, inicialmente, registrar a evolução da proficiência linguística dos alunos do Curso de Português como Língua de Acolhimento. No entanto, a riqueza cultural e lúdica veio à tona, na medida em que os participantes alunos mostraram temas que unem as duas culturas, tais como cânticos, danças, panegíricos, culinária tradicional. No trabalho final da oficina de vídeo, realizou-se a apresentação, em vídeo, de um tema, no qual comparava-se a cultura do país de origem com a brasileira, deixando transparecer aspectos que nos entrelaçam. Nas apresentações portaram vestimentas e adereços conforme a tradição. Concluímos que nessa situação de acolhimento linguístico, o cinema, como gênero textual, mostra a relevância da sua linguagem e expressão.
“Realidades da educação 5.0”
Gif como ferramenta pedagógica além do universo digital
Doutorando Wayner Gonçalves (UNIVASF)
A digitalização fortalece a noção de looping. Com um aplicativo de celular é possível criar a eternidade de uma imagem com alguns cliques, dessa forma traz uma noção de tempo e de eternidade conforme retorna ao ponto inicial. Esse tipo de representação está em símbolos encontrados em vários momentos pré-históricos, que mostram representações bidimensionais da circularidade. Até o final do séc. XIX o looping mantinha uma analogia ao suporte, atualmente a partir de códigos isso não é mais necessário. Estas ferramentas didáticas estimulam o aprendizado através da transmissão de conteúdo de maneira mais contemporânea e utilizando uma linguagem que cada dia é mais utilizada pelos alunos nas redes sociais: os memes e os gifs.
Criação de podcast como ferramenta pedagógica no ensino de educação para as relações raciais
Doutoranda Carla Pereira Silva (IFNMG/UFMG)
O presente trabalho é um relato de uma experiência pedagógica do Curso Técnico em Teatro do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - IFNMG Campus Diamantina, Minas Gerais. Por meio da criação de podcasts, os discentes da unidade curricular Teatro e Relações étnico-raciais experienciaram trabalhar a educação para as relações raciais por meio de sua interface com as Artes da Cena e com a tecnologia digital, resultando em fortalecimento da luta antirrascista e aumento da consciência racial afirmativa entre os discentes. A criação de podcast, enquanto atividade de ensino, possibilitou aos discentes autonomia para escolher, corporificar e ressignificar diferentes abordagens dentro de um mesmo tema, porém, em torno de diferentes lugares de fala. Dessa forma, mediado pela tecnologia digital, o processo de ensino-aprendizagem foi interativo e colaborativo, de estética decolonial e problematizador do mundo da vida e das artes.
Artes Visuais Digitais: uma experiência com os multiletramentos e usos das TDIC
Doutoranda Daniela R. Dias (UFOP)
Doutor Hércules T. Corrêa (UFOP)
Este trabalho relata a experiência no desenvolvimento de um projeto denominado LET - Linguagem, Educação e Tecnologia, realizado com alunos do 3º Ano do Curso Técnico Integrado do IFMG - Campus Ouro Preto. O projeto teve como objetivos articular atividades de pesquisa, seleção, compreensão e elaboração de artes visuais utilizando as tecnologias digitais de informação e comunicação - TDIC. Constam no referencial teórico deste trabalho pesquisadores da Linguagem, Educação e Tecnologia, tais como as seguintes publicações: Cope e Kalantzis (2001); Coscarelli (2014); Freire (2009); Kress e Van Leeuwen (2001); Lemke (2010); New London Group (1996); Ribeiro (2014); Rojo (2012); Sales (2014); Soares (2004); Valente (2018), dentre outros. A metodologia utilizada foi a pesquisa de abordagem qualitativa, estudo de caso e observação participante em sala de aula. Como resultados esta experiência mostrou-se desafiante e enriquecedora, em que os alunos tornaram-se protagonistas na criação de artes visuais e construção de significados.
O uso da fotografia como recurso didático na educação especial
Mestre Rogerio Nazario De Oliveira (FACULDADE PROMINAS)
Especialista Fernanda Aparecida Martins Mendes (UFMG)
Esta pesquisa consiste em uma análise do uso da fotografia como ferramenta didática no âmbito escolar, na perspectiva da educação inclusiva. Na atualidade, são inúmeras as funcionalidades que a utilização da fotografia pode desempenhar no cenário educacional. O uso de imagens como recurso didático no processo pedagógico que se realiza no espaço escolar – na sala de aula e para além dela – consegue contribuir, de forma lúdica e efetiva, para a inclusão e ampliação do olhar do estudante com necessidades especificas em processo de formação sobre o que constitui o espaço que o cerca, assim como, expandir sua própria visão de mundo. Neste sentido, a produção fotográfica como avanço tecnológico do qual deve-se lançar mão no processo de ensino e aprendizagem, pode transformar-se em instrumento que enriquecerá o processo didático-pedagógico na medida em que propiciará maior proximidade da aluno deficiente com a arte e, por meio dela, construir novos conhecimentos para melhor interagir com o ambiente no qual está inserido. Para tanto, a construção do referencial teórico do presente trabalho respalda-se em pesquisa bibliográfica realizada no período de novembro de 2019 a janeiro de 2020 e buscou embasamento em livros, revistas e artigos científicos que abordam sobre o tema aqui explorado. Tal pesquisa apoiou-se, especialmente, em produções de autores como Vygotsky (1982), Dietrich (2000), Kossoy (2002), Bakhtin (2004). Os resultados preliminares deste estudo sugerem que a possibilidade de aplicar a imagem fotográfica como recurso didático mostra-se como uma abrangente estratégia capaz de integrar, incluir e desenvolver as potencialidades dos alunos público alvo da educação especial e deve ser incorporada pelos sistemas de ensino em suas práticas docente.
Oficina de Vídeo: um estudo exploratório na aprendizagem do Português como Língua de Acolhimento
Doutora Vera Lúcia De Souza Lima (CEFET/MG)
Graduado Gilberto Goulart (UFMG)
Em consonância com o tema do GT ’Universo lúdico’ este trabalho apresenta resultados da oficina de vídeo realizada em 2019. Participaram da oficina doze alunos provenientes da países da África e América Central. A oficina de vídeo visava, inicialmente, registrar a evolução da proficiência linguística dos alunos do Curso de Português como Língua de Acolhimento. No entanto, a riqueza cultural e lúdica veio à tona, na medida em que os participantes alunos mostraram temas que unem as duas culturas, tais como cânticos, danças, panegíricos, culinária tradicional. No trabalho final da oficina de vídeo, realizou-se a apresentação, em vídeo, de um tema, no qual comparava-se a cultura do país de origem com a brasileira, deixando transparecer aspectos que nos entrelaçam. Nas apresentações portaram vestimentas e adereços conforme a tradição. Concluímos que nessa situação de acolhimento linguístico, o cinema, como gênero textual, mostra a relevância da sua linguagem e expressão.
Dia 23 de março de 2020
[terça-feira]
10h30-12h
“Técnicas e artefatos da cultura digital”
Podcast: artefato cultural para veicular temas insurgentes na grande rede
Mestre Fernanda Cavalcanti (UERJ/Secretaria de Estado de Educação (RJ))
Atualmente o podcast retoma a cena dos artefatos tecnológicos como potencial educativo e de mediação cultural. Dado a simplicidade de sua produção e de audiência (escuta com fone de ouvido, em qualquer lugar) tem motivado empresas de comunicação a investirem em mini programas de diferentes temas. A mídia alternativa e também instituições ligadas à cultura, à educação e ao artivismo têm lançado diferentes projetos/ com podcast. Neste trabalho, vamos lançar o olhar sobre a ferramenta como potencializadora de temáticas que são apresentadas em espaços de memória e cultura, como museus e galerias de arte à formação, por meio de atividades educativas que envolvam também as escolas. Nessas inciativas o podcast é também um veículo de comunicação que interliga a educação à outras redes. A retomada desse artefato tecnológico (software mídia), tanto pelo ponto de vista do mercado editorial quanto pelo ponto de vista da autoria independente, evidencia um potencial que lhe era peculiar desde sempre: qualquer pessoa pode abrir o seu canal, produzir sua programação, emitir opinião, com mais possibilidade de escuta/audiência, pois o conteúdo pode ser segmentado, é de fácil edição e publicação e distribuição na grande rede. Como nos ensina Certeau (2014, p. 61) “o homem ordinário se torna o narrador, quando define o lugar (comum) do discurso e o espaço (anônimo) de seu desenvolvimento.” O homem comum também produz o que consome. Nós professores, juntamente com alunos, podemos produzir ‘significadosconhecimentos’ (ALVES, 2019), acerca de temas que tencionam os currículos na contemporaneidade, a partir de artefatos culturais que consumimos e incorporar temas socialmente importantes nos currículos para que se possa refletir sobre os mesmos nos processos educativos. O tema migração, por exemplo, um tema emergente que precisa ser abordado na atualidade, pode ser disparado a partir da escuta de um programa sobre uma exposição intitulada “Nome Próprio”, da artista plástica Suíça-Haitiana Sarah Huber, que esteve em cartaz no Centro Cultural Hélio Oiticica, no Rio de Janeiro. A exposição não está mais em cartaz, mas o podcast sobre a mesma pode ser acessada na web. Além disso, os programas podem veicular para migrar na grande “podosfera”. Assim, assinalamos o potencial desse artefato e seu uso para abordar temas insurgentes.
Construir com fragmentos: temporalidade, coexistência de técnicas, apropriação e o pensamento da colagem
Mestranda Thyana Hacla (CEFET/MG)
É possível observar a coexistência de temporalidades, através da presença de ferramentas, hábitos e comportamentos, que atravessam seu período de origem sendo incorporados a um novo contexto. Podemos observar os objetos e tecnologias que nos rodeiam de uma forma sistêmica, de modo que tudo pertence ao presente, e portanto continua influenciando nossa forma de experienciar o mundo. Esta coexistência está muito presente na interação entre o digital e analógico, sobretudo em obras artísticas que se dedicam a temática da multimídia. Este trabalho oferece uma reflexão sobre a relação entre a coexistência de técnicas e o pensamento artístico contemporâneo. Tomando como ponto de partida uma leitura crítica do livro " Escrever sem escrever - literatura e apropriação no século XXI" de Leonardo Villa-Forte, em diálogo com a aproximação entre a arte e os sistemas complexos estabelecida por Olga Valeska Soares Coelho em seu artigo "Cosmologia e complexidade no mundo contemporâneo".
Rotoscopia, natureza e cultura hacker. Um relato de caso do “Colorindo o Verde”
Doutora Karla Brunet (UFBA)
Esta comunicação propõe discutir questões de experimentação da natureza através da arte e da caminhada. Ao mesmo tempo, traz conceitos da cultura hacker para práticas de arte educação. É um relado dos princípios e processos criativos envolvidos o vídeo Colorindo o Verde, realizado com a escola CEEP/ICEIA, de Salvador. É sobre uma caminhada no parque, um escape do cinza da cidade para o verde da natureza. É sobre slow media (HAMILTON; KWASTEK, 2014), uma forma de desacelerar. É sobre a materialidade do vídeo e suas poéticas. É sobre a cultura hacker para entender o processo de criação de uma animação, rotoscopia. Essa ação artística foi parte do projeto Escola Mundo, onde usamos as caminhadas como forma de hackear a cidade, de repensar o lugar onde vivemos (SOLNIT, 2016; CARERI, 2016). E usamos a rotoscopia, pintando a mão 676 quadros do vídeo, para reconstruirmos a narrativa desejada. Este relato apresenta o aprendizado de uma interdisciplinaridade de percepção ambiental através da caminhada, desconstrução e reconstrução do vídeo e criação de narrativas.
A utilização política das imagens no mundo contemporâneo, a partir de Vilém Flusser
Mestre Deniseda Silva (UEMG)
Esse trabalho discute a importância das imagens, em sua utilização política no mundo contemporâneo, tendo como base a análise flusseriana das “tecnoimagens” e sua conexão com o Nazismo. Para melhor compreender essa interpretação, é importante que façamos um incurso ao pensamento do filósofo Vilém Flusser, que descreve o desenvolvimento de códigos de leitura de mundo, desde a pré-história até a Idade Média, quando sobressaía a codificação por superfícies/imagens, o que acarretava uma relação mágica com o mundo, passando pelo período moderno, em que se sobressai a leitura por linhas/textos, que faz emergir um entendimento linear, progressivo e racional científico do mundo até o mundo “pós-histórico” ou “pós moderno”, que novamente se orienta pelo predomínio da leitura de mundo por superfícies/imagens, mas dessa vez, imagens cunhadas pelo aparato tecnológico, portanto, “tecnoimagens”. Essas “tecnoimagens”, imagens pós-modernas, são produzidas à luz das teorias científicas mais avançadas, mas, ao mesmo tempo, quando estão disponíveis para o uso, não exigem nada além de um mero deslizar de dedos. Se por um lado, elas são produzidas por meio da linguagem lógico-conceitual dos textos, por outro, elas a encobrem, de modo que a ascensão e prevalência das “tecnoimagens” negam o propósito fundamental das imagens que é desvelar o mundo, acabando por ocultá-lo. Os conceitos – científicos, filosóficos, poéticos, políticos, históricos - são inseridos nos aparatos tecnológicos - nas “caixas pretas” - saindo como imagens. As caixas pretas tornam opacas essas relações, as obscurecem, as escondem, de forma que o que se mostra é o mundo imaginário que apenas significa aquilo para o que foi programado. O melhor e mais impressionante exemplo apontado por Flusser para a traição da razão, que passa a servir à imaginação ou a razão em favor da manipulação não são os programas de TV, mas, o Nazismo. Considerando a análise flusseriana da preponderância das “tecnoimagens” como leitura de mundo, que cristalizam e ocultam conceitos velados pelos aparelhos tecnológicos - estes que, paradoxalmente, são produzidos com a utilização do pensamento lógico-racional -, analisamos a transfiguração de governos autoritários no mundo contemporâneo em meras imagens.
14h-15h30
“A crítica, a resistência e o digital”
A estrela do mar (1928), de Man Ray, e a gênese da videopoesia
Doutoranda Stephania Amaral (CEFET/MG)
O curta-metragem A estrela do mar (1928), marco do cinema experimental no início do século XX realizado pelo artista Man Ray, é considerado por esta pesquisa como gênese da videopoesia. O filme é um dos precursores em estética e conceito do gênero, mesmo que o dispositivo de gravação em vídeo só tenha surgido de fato em meados da década de 1960.
Cinema Underground de Helio Oiticica, Jack Smith e Andy Warhol
Doutora Tatiane de Oliveira Elias (UFSM)
Nesta comunicação tratarei das diferentes abordagens para o cinema underground tomadas por Andy Warhol, Hélio Oiticica e Jack Smith. Seus filmes estão relatados nas categorias de cinema underground, cinema expanded, experimental, cinema independente, e queer cinema. Warhol e Oiticica se inspiraram nos filmes experimentais principalmente de Jack Smith. Tanto Warhol como Oiticica assistiram o filme de Smith Flaming Creatures e tiveram contato pessoal com o diretor. Warhol trabalhou mais com Smith do que outro diretor underground. Andy Warhol, Jack Smith e Hélio Oiticica foram artistas importantes para mostrar o diálogo entre artes plásticas, cinema e a extensão da história da arte nas desintegrações das fronteiras. Os seus filmes se inserem num contexto de intermídia, em que trabalham com o cinema na fronteira entre as artes. Eles criam uma nova linguagem cinematográfica, mostrando assim o papel que desempenham na formação de um cinema feito específicamente por artistas de artes visuais e diretores experimentais, sem formação acadêmica em cinema e ao mesmo tempo contribuíram para as extensões ou subdivisões de cinema.
Autovigilância como contravigilância: Poéticas e performances do se mostrar contra exercícios de controle
Mestre Reno Almeida (UFC)
Doutor Cesar Baio (UFC)
Há, na sociedade contemporânea, uma miríade de processos de controle dos corpos e das mentes dos sujeitos, potencializados pela ubiquidade de aparatos informacionais. Diferentes técnicas e tecnologias de vigilância são exercidas por diversos agentes e naturalizadas em nosso cotidiano, no qual somos, cada vez mais, terroristas virtuais (AGAMBEN, 2009), criminosos mesmo sem crimes. Tais questões são alvo de crítica e problematização de um conjunto de obras, realizadas por artistas que se negam a ser sujeitos passivos de exercícios de controle. Tendo isto em mente, este trabalho tem como objetivo apresentar três trabalhos artísticos, Tracking Transience, de Hasan Elahi, Life Sharing, de Eva e Franco Mattes, e Kafka no Gmail, de um dos autores, analisando-os em relação à vigilância distribuída (BRUNO, 2013) e ao que David Lyon (2018) intitula imaginários e práticas da vigilância, pensando como é possível, a partir do fazer artístico, evidenciar e propor contrapontos a processos de controle.
Corpos tecnopoéticos e performatividade em Black Lives Matter
Bruna Guimarães Lima E Silva (UFSJ)
Graduanda Maria Esther Mendes (UFSJ)
Carlos Eduardo Oliveira de Souza (UFSJ)
Avner Maximiliano Paulo (UFSJ)
Doutor Adilson Siqueira (UFSJ/GTRANS)
A polícia brasileira matou 16 pessoas por dia em 2017 e ¾ destas vítimas eram negras. As estatísticas e as notícias mostram que em todo o mundo a polícia usa mais força ao lidar com negros. Isso levou ao nascimento do movimento Black Lives Matter, uma busca por unir e mobilizar o mundo contra todos os tipos de racismo, especialmente contra a violência policial, através de atos de protesto, arte e redes sociais. Neste trabalho apresentamos uma performance que traz a reflexão sobre a violência policial contra negros no Brasil a partir de uma colagem audiovisual ao vivo de notícias online de violência contrapondo com imagens de negros que se destacam na sociedade. A projeção audiovisual segue a velocidade das notícias e é acompanhada por duas performers/dançarinas negras, corpos/telas lentos que se opõem a violência e servem para projetar e refletir a realidade apresentada: estes negros somos nós.
Dia 24 de março de 2020
[quarta-feira]
9h-10h30
“Poéticas digitais”
Um novo corpo para um novo cinema: A experiência do filme instalação “Um Andar Sobre o Mar” (2014)
Cristiane Moreira (IFG/UFG)
Renata Ramos (CEFET/MG)
Propomos nesse artigo apresentar alguns usos singulares do espaço expositivo pelos espectadores do filme-instalação Um Andar Sobre o Mar, da videoartista Cris Ventura. Criado especificamente para a planta da Galeria Mari’Stella Tristão, do Palácio das Artes, na capital mineira, o filme, contemplado pelo edital Filme em Minas 2013/2014 na categoria Formato Livre, esteve aberto ao público em outubro de 2014. O filme-instalação explorou as potencialidades dos usos do espaço da galeria, tensionando a linguagem cinematográfica na relação com as artes plásticas e aproximando-se do que Hélio Oiticica chamou de experiência suprasensorial, como proposição aberta ao participadores da obra, que na relação com o espaço elaboram sensações e percepções fora dos condicionamentos das posturas tradicionais do corpo estático que vê o filme no cinema sob a soberania da visão, e também do corpo que frui a obra no cubo branco da galeria. Analisamos algumas formas de relação singulares com o espaço por parte do público geral,dos monitores e dos arte-educadores da Galeria. Dessa forma, problematizamos alguns tensionamento produzidos entre o hibridismo das linguagens artísticas, os corpos e o espaço.
Poesia Visual: interfaces e retextualizações
Doutora Renata Da Silva De Barcellos (CEJLL / NAVE - UNICARIOCA)
As novas tecnologias têm transformado a forma como interagimos com o mundo onde vivemos. No que se refere à escrita, especificamente, encontra novos e variados suportes digitais com características distintas e capazes, inclusive, de modificar o texto em si, numa revolução considerada por Chartier “com poucos precedentes tão violentos na longa história da cultura escrita” (1998, p. 93). Neste contexto, muito se discute sobre o futuro da literatura e dos livros (CHARTIER, 1998; DARNTON, 2010; CARRIERE&ECO, 2010; ZILBERMANN, 2011). Este estudo pretende investigar as interfaces da Poesia Visual com a Linguística e a Semiótica a fim de ressaltar a importância dessas áreas para a análise deste tipo de literatura digital. Para isso, utilizamos os conceitos de signo, significado e significante de Saussure e de semiótica de Santaella. A partir disso, será apresentada uma proposta de prática pedagógica: a retextalização de Poemas Visuais.
A Poesia Visual de Tchello d'Barros e suas interfaces digitais
Doutora Renata Da Silva De Barcellos (CEJLL / NAVE - UNICARIOCA)
As novas tecnologias têm transformado a forma como interagimos com o mundo onde vivemos. No que se refere à escrita, especificamente, encontra novos e variados suportes digitais com características distintas e capazes, inclusive, de modificar o texto em si, numa revolução considerada por Chartier “com poucos precedentes tão violentos na longa história da cultura escrita” (1998, p. 93). Neste contexto, muito se discute sobre o futuro da literatura e dos livros (CHARTIER, 1998; DARNTON, 2010; CARRIERE&ECO, 2010; ZILBERMANN, 2011). Este estudo pretende investigar as interfaces da Poesia Visual de Tchello d'Barros com a utilização de novos recursos/suportes a fim analisar novas formas do fazer literário na contemporaneidade. E também de verificar como elas colaboram para o processo da interação leitor-texto-sentido-autor.
SUJERA: Um futuro Cyberpunk
Doutor Paulo Victor Barbosa de Sousa (UFC)
Alessandro Freitas (UFC)
Pedro Victor Mendonça Lopes (UFC)
Esse artigo tem como objetivo apresentar o enredo cyberpunk desenvolvido na disciplina de Direção de Arte, que foi utilizado no website Terminal Fantasma: um terminal que possibilita a comunicação com uma inteligência artificial. Também mostraremos o próximo passo para a expansão do enredo: além da tela do computador.